Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Amados irmãos e irmãs!
Tal como São Pedro, junto de cujo túmulo nos encontramos, estendo a todos esta saudação: “Graça e paz vos sejam dadas em abundância” (1 Pd 1,2). Na Festa litúrgica da Conversão de São Paulo, somos chamados a meditar sobre a experiência transformadora vivida pelo Apóstolo.
Paulo, que antes era chamado Saulo, era um grande inimigo e perseguidor violento da Igreja nascente. Encontramos nos Atos dos Apóstolos, cap. 9, um testemunho: “[...] Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor”. Contudo, a caminho de Damasco, uma luz celestial o envolveu, enquanto uma voz lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegue?” (At 9, 4). Tocado pela graça divina, Saulo teve sua vida transformada, tornando-se aquele que haveria de levar o nome do Senhor "diante dos gentios, dos reis, e dos filhos de Israel" (At 9, 15).
A Conversão de São Paulo nos lembra que nenhum pecado é grande demais para a misericórdia de Deus. Ele não apenas perdoa, mas transforma, capacitando-nos a viver uma nova vida em Cristo. Da mesma forma que a luz celestial envolveu Saulo, a graça divina continua a incidir sobre nós, chamando-nos à conversão.
A partir do encontro transformador com Cristo, o Apóstolo deixa de ser um perseguidor terrível e se torna um incansável pregador do Evangelho. Saindo de Damasco, começa “a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus” (At 9, 20). São Paulo, então, coloca em prática a ordem de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15).
Que a exemplo de São Paulo, possamos abandonar o pecado para nos tornarmos ardentes anunciadores da Boa Nova, levando a mensagem redentora de Cristo a todos os cantos do mundo. São Paulo, Apóstolo dos Povos, rogai por nós!
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