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L'Osservatore Romano | Papa Urbano proclama um tempo de graça e reconciliação




GIORNALE QUOTIDIANO • POLITICO RELIGIOSO

Città del Vaticano | Edizione del 17 gennaio 2025

ANO SANTO DA ESPERANÇA: UM CHAMADO À RENOVADA FÉ E SOLIDARIEDADE CRISTÃ

POR MEIO DA BULA "SPES SALUTIS NOSTRAE", A IGREJA CELEBRA O VIGOR DA ESPERANÇA CRISTÃ EM TEMPOS DE DESAFIOS.

CIDADE DO VATICANO - No dia 16 de janeiro, o Papa Urbano, em gesto solene e profundamente simbólico, promulgou o Ano Santo da Esperança. A proclamação foi formalizada pela publicação da Bula Pontifícia "Spes Salutis Nostrae" (“A Esperança da Nossa Salvação”), convidando toda a humanidade a um período de reflexão, oração e ações concretas em prol da unidade e da paz.

A Bula apresenta o Ano Santo como uma resposta às adversidades globais que desafiam a dignidade humana e o bem comum. Em suas palavras, o Papa Urbano enfatizou: “A esperança é o alicerce da nossa fé, a luz que nos guia nas noites escuras da incerteza. Que este Ano Santo seja um convite à reconciliação e à redescoberta do Evangelho como fonte de vida”.

Trechos da Bula Pontíficia enriquecem essa proclamação:

Nossa salvação foi realizada quando Nosso Senhor Jesus Cristo, por Sua Paixão e Morte, resgatou os homens de sua antiga escravidão ao pecado e lhes deu vida e liberdade como filhos de Deus, co-herdeiros de Sua própria glória. Ao dar ao Príncipe dos Apóstolos o poder de perdoar pecados, junto com as chaves do reino celestial, Ele tornou possível que os pecadores fossem restaurados à sua antiga retidão e recebessem os frutos da redenção.

A Porta da Fé (cf. At 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma.

A celebração do Ano Santo da Esperança inclui uma série de eventos e iniciativas em escala mundial. Entre os destaques estão as peregrinações aos principais santuários católicos, as indulgências plenárias concedidas aos fiéis que participarem das atividades litúrgicas e uma forte mobilização para o apoio aos mais vulneráveis, reforçando a missão social da Igreja.

Complementando a promulgação da Bula, o Papa Urbano, por meio de um Breve Apostólico, instituiu o Comitê Central para o Ano Santo, responsável por organizar as celebrações litúrgicas e as diversas atividades do jubileu. Este comitê está subdividido em duas comissões principais:

  • Comissão Litúrgica e Pastoral: encarregada de preparar celebrações jubilares que reflitam a dignidade e a piedade exigidas pelo tempo santo. Ela organizará encontros de oração, momentos de catequese e atividades de evangelização para os fiéis que se dirigirem às Basílicas Papais e demais locais de peregrinação, e promoverá ainda iniciativas culturais e conferências teológicas, enriquecendo a experiência dos peregrinos e incentivando o diálogo entre fé e cultura.

  • Comissão Técnica e Diplomática: focada nos aspectos logísticos, diplomáticos e financeiros do Ano Santo. Esta comissão garantirá o suporte necessário para a participação internacional, promovendo cooperação em segurança e mobilidade Também será responsável pela administração transparente dos recursos financeiros e pela representação da Santa Sé em eventos internacionais relacionados ao jubileu.

A proclamação do Ano Santo da Esperança representa um marco espiritual e histórico, reforçando a missão universal da Igreja de ser um sinal de esperança em um mundo muitas vezes marcado por divisões e sofrimentos.

Os fiéis e lideranças católicas ao redor do globo acolheram a iniciativa com grande entusiasmo, reafirmando o desejo de viver este tempo de graça como um caminho para a transformação pessoal e coletiva. A Igreja convida a todos – cristãos ou não – a participarem desta jornada rumo a um mundo mais justo e fraterno.