Città del Vaticano | Edizione del 03 gennaio 2025
A reabertura da Basílica foi uma das primeiras decisões do novo Pontífice, tomada logo após sua eleição. O fechamento temporário do templo havia gerado grande expectativa entre os fiéis, mas o Papa reconheceu a importância de devolver à Igreja este espaço sagrado como um centro de fé e peregrinação. Durante o período de fechamento, foram realizadas obras de conservação e adequações litúrgicas que tornaram a Basílica ainda mais acolhedora e preparada para suas funções pastorais.
A cerimônia, rica em simbolismo, foi um testemunho da beleza litúrgica e da unidade eclesial. As recentes intervenções arquitetônicas, conduzidas com respeito à tradição e às demandas contemporâneas, devolveram à Basílica um esplendor que muitos disseram superar sua inauguração original.
O Cardeal Odilo Scherer, Vice-Deão do Colégio de Cardeais e grande responsável pela condução das reformas da Basílica, destacou a importância singular do templo durante a celebração. Em suas palavras: “Naturalmente, a Basílica de São Pedro possui dois aspectos de extrema importância para a vida da Igreja. O primeiro é que daqui se delibera, liturgicamente, todo o aparato litúrgico. É o modelo da Igreja, por excelência. O segundo é que é o ponto de unidade, assim por dizer, de uma maneira material. Evidentemente, é um local onde os fiéis do mundo inteiro acorrem para testemunhar a fé em Jesus Cristo, através do exemplo emanado de São Pedro, mas, também, para reforçar a sua comunhão com o Santo Padre.”
A missa contou com a participação de cardeais, bispos, religiosos e lideranças de diversas partes do mundo, reiterando a grandeza e influência que a figura do Papa representa à sociedade. Entre os dignitários presentes, muitos destacaram a importância deste evento como um sinal de esperança e unidade global.
Em sua homilia, com palavras profundas, afirmou: “O jugo de Deus é a vontade de Deus, que nós aceitamos. Esta vontade não é para nós um peso exterior, que nos oprime e nos priva da liberdade. Conhecer o que Deus quer, conhecer qual é o caminho da vida, eis a alegria de Israel, era o seu grande privilégio. Esta é também a nossa alegria: a vontade de Deus não nos desvia, mas purifica-nos talvez de maneira até dolorosa e assim conduz-nos a nós mesmos. Desta forma, não servimos só a Ele mas à salvação de todo o mundo, de toda a história.”
O Santo Padre prosseguiu com uma mensagem inspiradora: “Seguindo o exemplo da Virgem Santa, queremos deixar-nos orientar sempre e unicamente por Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Quem se doa por Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo e encontrareis a vida verdadeira.”
Com uma Basílica repleta de fiéis até o último espaço disponível e uma Praça de São Pedro transbordando de devoção, o evento destacou o impacto espiritual e simbólico deste novo início. Entre lágrimas e cânticos, muitos descreviam o privilégio de testemunhar este momento histórico.
“A Missa de Inauguração do Pontificado de Sua Santidade o Papa Urbano ficará, sem dúvida, gravada nos anais da história da Igreja como um evento de incomparável esplendor e profunda espiritualidade”. O Cardeal Giovanni Battista Rè, Decano do Sacro Colégio, resumiu com eloquência este momento histórico: “Jamais testemunhamos uma celebração litúrgica que conjugasse, com tamanha maestria, a beleza sacra e a universalidade da fé cristã. A Basílica de São Pedro transformou-se em um verdadeiro altar ao mundo, acolhendo fiéis de todas as partes, numa demonstração vívida de comunhão com o Bispo de Roma.”
Com a entronização do Papa Urbano, um novo capítulo de esperança se abre para a Igreja, marcado pela visão doutrinária aguçada e pela busca da unidade eclesial. Em cada gesto e palavra do Santo Padre, ressoou o chamado ao Evangelho vivido e compartilhado, uma fé que transcende fronteiras e reconcilia corações.