Roma, Cidade do Vaticano, 08 de agosto de 2024.
DOM AGNELO CARDEAL ROSSI
por mercê de Deus e da Sé Apostólica
CARDEAL-PRESBÍTERO DE GRANDE MÃE DE DEUS
VICE-CAMERLENGO DA SANTA IGREJA ROMANA
Ao Eminentíssimo Cardeal Fernando Bórgia,Prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica,E ao Reverendíssimo Monsenhor Bruno Maria Sartori,Superior em Exercício da Fraternidade Sacerdotal São Pio X,
Saudações e bênçãos em Cristo Nosso Senhor,
Venho, através desta missiva, expressar com grave indignação e profunda tristeza, dirigir-me a vós, homens de venerável sabedoria e autoridade, para expor o comportamento infamante e desrespeitoso que, reiteradamente, tem sido manifestado pelo Reverendo Molski, membro da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Este sacerdote, de modo reiterado, tem-se empenhado em atacar, de maneira pessoal e desrespeitosa, a minha pessoa, bem como outros digníssimos irmãos cardeais e bispos, cuja única divergência reside na visão pastoral, de um pensamento que não se encontra alinhado ao raciocínio inflexível e retrógrado que o mesmo promove.
É de meu dever denunciar, com pesar, um episódio que transcende todos os limites da sã razão e do respeito que se deve ao Sacro Colégio Cardinalício. Em uma ocasião recente, o presbítero Molski ousou acusar este Sagrado Colégio de envolvimento em práticas de magia negra, alegando, absurdamente, que um de seus cardeais teria sido ressuscitado com o único intuito de promover a desordem na Santa Igreja. Tal afirmação não apenas carece de qualquer fundamento, como também revela uma evidente deficiência das faculdades mentais do sacerdote em questão, o que, por si só, é motivo suficiente para que sejam tomadas as devidas providências.
Conforme prescrito no Direito Canônico, os delitos de falta de respeito para com superiores (cân. 1373), difamação (cân. 1390 §2), heresia (cân. 1364) e apostasia (cân. 1364), não podem ser tolerados, e o Rev. Molski parece, inquestionavelmente, incorrer em todas essas transgressões. As acusações infundadas do Reveverendo foram proferidas através do canal oficial de comunicados da Santa Igreja, a saber, o grupo de WhatsApp destinado à fé e à obediência, o que não isenta o sacerdote das consequências canônicas de seus atos.
Ademais, é um ultraje que este mesmo sacerdote, cuja adesão ao espírito de São Pio X deveria ser inabalável, desvie-se de seus ensinamentos sobre a santa obediência. Lembremo-nos das palavras de São Pio, que ensinou: “Nada é mais agradável a Deus que a obediência pronta e fiel àqueles que foram colocados por Ele como superiores, para nos guiar no caminho da salvação.” Diante do exposto, exijo, de maneira firme, uma retratação imediata por parte da Ordem à qual o Padre Molski é incardinado. É também necessária a rigorosa apuração das denúncias pelo Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, a fim de que a justiça canônica seja plenamente exercida.
Por fim, que esta lamentável situação não ofusque os esforços contínuos da Santa Igreja em abraçar a evolução e a progressividade que o Espírito Santo inspira em nossos tempos, mantendo, contudo, a reverência e a fidelidade às sagradas tradições.
Sem mais,
Sua Eminênicia Reverendíssima,
+ Agnelo Card. Rossi