CURRICULUM VITAE
Aldo Vittorio Maria Fisichella, nascido em Veneza no dia 31 de março de 1963, é uma proeminente figura eclesiástica da Igreja Católica, cuja trajetória se entrelaça profundamente com os meandros solenes da Cúria Romana, notabilizando-se por sua discreta firmeza, imperturbável compostura e fidelidade absoluta à Sé Apostólica. Filho de uma tradicional família veneziana, Fisichella recebeu uma educação clássica no Liceu de Veneza, tendo posteriormente ingressado no Pontifício Seminário Romano Maior, de onde foi encaminhado à Pontifícia Universidade Lateranense para seus estudos superiores. Ali obteve o doutorado em Teologia Petrina, com especialização em utroque iure, destacando-se pela aguda inteligência e afinada sensibilidade litúrgica.
Ordenado sacerdote na Basílica de São João de Latrão em 23 de junho de 1989, começou sua missão pastoral como vigário em paróquias do centro de Roma, ao mesmo tempo em que aprofundava seus estudos nas ciências litúrgicas. Seu domínio sobre o arcabouço teológico do culto cristão, aliado à sua conduta disciplinada, granjeou-lhe rapidamente a estima dos superiores curiais, sendo então nomeado colaborador de diversos dicastérios da Santa Sé, entre os quais a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, a Congregação para a Doutrina da Fé e o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. Além disso, exerceu ofícios relevantes na Secretaria de Estado e na Câmara Apostólica, sempre caracterizado por uma atuação ao mesmo tempo silenciosa e imensamente eficaz.
Sua vida, entretanto, alcançou notável distinção quando lhe foi confiada a direção do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Romano Pontífice, função na qual demonstrou inabalável zelo pela sacralidade do rito e pela sobriedade própria das solenidades da Cátedra de Pedro. Ali, seu nome tornou-se sinônimo de rigor cerimonial e perfeição formal, conduzindo as celebrações do Sumo Pontífice com tal precisão e compostura que passou a ser considerado um verdadeiro guardião da tradição litúrgica romana. Sua figura, austera e inexpressiva, imperturbável mesmo nas ocasiões de maior solenidade, foi compreendida por muitos como reflexo de uma alma entregue inteiramente à missão que lhe fora confiada, alheia a vaidades mundanas e desprovida de qualquer busca de protagonismo pessoal.
No dia 26 de março de 2025, foi elevado à dignidade episcopal por Sua Santidade o Papa Urbano, recebendo a sé titular de Recanati e sendo nomeado Prefeito da Casa Pontifícia, acumulando tal responsabilidade ao ofício já exercido nas celebrações pontifícias. Pouco tempo depois, no dia 25 de maio de 2025, foi-lhe outorgado o barrete cardinalício, sendo-lhe conferida a dignidade de cardeal-presbítero da Santa Igreja Romana, com a elevação de sua sé titular à condição de paróquia romana, conforme os usos consuetudinários da Cúria. Permaneceu, contudo, inalterável em sua conduta, indiferente a quaisquer honrarias, devotando-se integralmente ao serviço do Pontífice e da Igreja universal.
Brasão de armas cardinalício: